09 fevereiro 2011

A mudança climática na América Latina

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Durante os próximos anos, a mudança climática gerará um grande impacto na América Latina devido ao aumento das temperaturas, assim como de chuvas, furacões e secas. Há dois meses, na 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16) realizada em Cancun, no México, chegou-se à conclusão de que o custo econômico será de mais de 1% do PIB anual da região, sendo mais afetados os países andinos, a América Central e o Caribe, que são as áreas mais suscetíveis ao aquecimento global.

A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) calculou um aumento sustentável das temperaturas na região até o ano de 2100, quando alcançariam 6 ºC no fim do século.

A mudança climática neste caso levaria a graves consequências, como a pressão pela disponibilidade de água, o aumento dos incêndios florestais, consideráveis perdas na produtividade agrícola, efeitos negativos sobre a saúde, danos nas zonas costeiras devido ao aumento do nível do mar e aumento da mortalidade por eventos extremos que afetarão o desenvolvimento numa região como a nossa.

Segundo a CEPAL, a América Latina é altamente vulnerável à mudança climática por ser uma região com amplas zonas costeiras e áreas naturais, as quais são bastante sensíveis ao aquecimento global. Por esta razão, é necessário que os investimentos em adaptação a este fenômeno sejam estabelecidos como prioridade na região.

Alguns casos:
  • Na Amazônia o aumento de 3ºC da temperatura ocasionaria fortes precipitações, afetando a maior biodiversidade do planeta.
  • No Chile, os glaciares poderiam retroceder. Brasil, Colômbia, Equador e Guianas perderiam os mangues de suas costas baixas por causa do aumento do nível do mar.
  • Na América Central, além do aumento de temperatura, a região também sofreria instabilidade de chuvas, aumentando o nível do mar, as secas e os furacões, fenômenos que repercutirão na produção, infra-estrutura, meio ambiente, saúde e segurança da população.

Sabe-se ainda que nos últimos anos a região já experimentou um aumento de temperatura, com maior intensidade em zonas como a Amazônia, norte do México e América Central, assim como uma mudança substancial na intensidade das chuvas no Paraguai, Uruguai, nas pampas argentinas e na Bolívia. Entretanto, no norte da América do Sul, como no Chile, sudoeste da Argentina, sul do Peru e oeste da América Central houve diminuição das chuvas.






Veja o relatório da CEPAL:

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