Num mundo onde os grandes edifícios empresariais são abundantes, a capital mexicana, uma cidade de aproximadamente 20 milhões de habitantes, oferece uma alternativa inovadora que permite às pessoas viverem em locais acoplados à natureza. Trata-se de residências de formas bem originais, como flores, caracóis, cobras e, inclusive, baleias.
A iniciativa foi tomada pelo reconhecido arquiteto mexicano Javier Senosiaín, quem propõe este tipo de arquitetura orgânica, a qual consiste em transformar as casas de modo que se integrem ao meio ambiente com formas peculiares e, devido a seu original desenho, parecem ter saído de um sonho.
Dentro de tudo, pode-se observar uma importante responsabilidade com o meio ambiente através da instalação de sistemas como o de aproveitamento da água da chuva, reciclada para ser usada na manutenção das plantas, ou a exploração da luz natural através de amplas janelas.
Cabe destacar que as residências são cobertas com grama e árvores, conservando temperatura e umidade constantes durante todo o ano, o que proporciona também um distanciamento urbano da residência e gera oxigênio, que resiste à contaminação e ajuda a filtrar a poeira para que esta não entre para dentro de casa.
Entre as principais obras desta arquitetura orgânica, destacamos as seguintes:
NAUTILUS
Inspirada nas conchas das criaturas marinhas, Nautilus é um edifício original que mostra um espaço harmônico e unificado, semelhante à casa de um molusco. Foi fabricado com ferrocimento por dois motivos: primeiro, porque a estrutura é à prova de terremotos e, em segundo lugar, porque não precisa de manutenção adicional para evitar sua deterioração.
NIDO DE QUETZALCOALT
Trata-se de um conjunto de dez construções, surpreendente por sua singularidade, pois está desenhado em forma de uma grande cobra que se eleva no ar sobre um terreno variado, onde a construção em si ocupa somente 2% do terreno, deixando quase todo o espaço livre para zonas verdes e reservas.
OUTRAS OBRAS
SARAPE Y SOMBRERO
Uma capela que, na verdade, é uma réplica a grande escala de um sarape – típica vestimenta mexicana – e um sombrero mexicano, típico chapéu de abas grandes.
EL HONGO
O escritório de um clube esportivo em forma de cogumelo.
Entre as obras mais fascinantes, se destacam:
- Residências como as obras semi-enterradas Casa orgânica e Conjunto Satélite, as quais são cobertas de terra e grama.
- As obras que tem forma de baleia, tubarão, e até a de uma flor de seis pétalas.
ECO. ERNESTO
A arquitetura mexicana aposta no uso de materiais naturais como pedra, terra ou madeira por duas razões:
- Voltar a utilizar matérias primas que não contaminem a longo prazo;
- Substituir outras matérias que, assim como o alumínio, além de contaminarem o ambiente demandam muita energia em seu processo.